Enfrentamos atualmente um contexto em que, a cada ano, milhões de pessoas são afetadas por desastres naturais e, também, desastres provocados pelo homem. Governos de todo o mundo gastam enormes quantias de recursos na preparação de infraestrutura para a resposta imediata a desastres e reconstrução. Recentemente, o paradigma da Internet das Coisas (IoT) tem sido proposto para gerenciar cenários de desastres como desastres vulcânicos, inundações, incêndios florestais, desmoronamentos, terremotos, desastres urbanos, ataques industriais e terroristas, a fim de localizar vítimas, atingir um melhor grau de entendimento da situação e monitorar o ambiente. No entanto, em um cenário de desastre, a infraestrutura de comunicação e os próprios dispositivos podem falhar, produzindo, por exemplo, partições temporárias ou permanentes na rede de comunicação, dificultando ou inviabilizando a coleta de informações sobre o desastre. Além disso, espera-se que nos próximos anos a IoT gere grandes quantidades de dados todos os dias, dificultando o processamento e a análise de dados em aplicações críticas. A presente proposta baseia-se na expertise das equipes da França, Brasil, Chile e Uruguai, em diversas áreas complementares, incluindo computação em nuvem e algoritmos distribuídos, redes móveis, tolerância a falhas, sistemas dinâmicos e heterogêneos, processamento de fluxo em tempo real e análise de dados, gerenciamento de dados em larga escala, sistemas auto-organizáveis e coleta de informações de geolocalização pós-desastre. Nosso objetivo é o desenvolvimento de uma arquitetura distribuída composta por IoT, Fog e Computação em nuvem, que forneça recursos para análise de dados da IoT, processamento de fluxo em tempo real e monitoramento de falhas para ambientes sujeitos a desastres. A metodologia e as atividades apresentadas são orientadas na criação de novas colaborações entre os participantes do grupo e fortalecem as colaborações anteriores com reuniões de pesquisa, workshops e os tópicos comuns de interesses propostos neste projeto. Esperamos que esta colaboração produza um protótipo do sistema proposto, trabalhos científicos a serem publicados em conferências e periódicos, e supervisão de estudantes de graduação e pós-graduação, com perspectivas de manter a colaboração no futuro.